O ano passado foi marcado por uma grande tragédia em Paracatu quando a Nexa anunciou o fim da atividade da empresa no município, levando trabalhadores na mineração, seus familiares e o comércio local a uma preocupação extrema.
Com as ações do Sindicato, reuniões no Ministério da Indústria, Inovação, Comércio e Serviço e no Ministério de Minas e Energia e intensas negociações com a empresa, as centenas de trabalhadores desligados da Nexa tiveram todos os seus direitos respeitados nos acertos demissionais.
A planta da mineração acabou sendo assumida por outra empresa (Casa Verde), hoje Calcário Morro Agudo, que absorveu grande parte da mão de outra desligada da Nexa e assinou conosco acordos coletivos de forma a preservar os mesmos direitos da antiga empresa, para manter a exploração mineral no município.
Infelizmente, no entanto, a Calcário Morro Agudo vem causando grande transtorno aos trabalhadores em constantes atrasos de pagamentos de salários, apesar de estar sempre anunciando que regularizará a situação para arcar em dia com os seus compromissos.
Os constantes atrasos têm levado os trabalhadores ao sindicato com uma reclamação geral e cobrando tomada de providência que exija da empresa os seus compromissos. O SINDIEXTRA deverá acionar o Ministério Público do Trabalho e solicitar a intervenção da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego SRTE-MG para que tenhamos esta situação regularizada e uma resposta concreta da empresa sobre suas responsabilidades.
Não há como trabalhar e não receber o salário em dia para arcar com os compromissos familiares. Mesmo sabendo disto, a empresa não coloca os trabalhadores como prioridade e transforma o ambiente de trabalho e familiar em um verdadeiro caos.
Esperamos que a Calcário Morro Agudo se antecipe a qualquer iniciativa de instâncias fiscalizadoras para regularizar as relações no trabalho com o efetivo cumprimento do pagamento de salários e todos os encargos devidos aos trabalhadores.
